sexta-feira, 24 de julho de 2009

The Stockholder Revenge

Sou agora dono de uma infinitésima parte de um banco, que por sinal quase faliu, estava cheio de gatunos e burlões e que genericamente odeio desde um longínquo dia em Agosto no inicio dos 90. Mas, como a vingança serve-se fria como a chuva de Novembro, esperei quase 20 anos para por em prática o maquiavélico plano que os vai derrubar.
O motivo da cisma? Negaram-me um pequeno empréstimo pessoal para comprar um Peugeot 205 em segunda mão, utilizando o argumento que tinha um ordenado "baixinho". Nunca esqueci a cara de cínico do fuinha atrás do balcão, quando me dizia a frase que feriu de morte o meu ego. O curioso era o facto de eu ganhar na altura 102.000$00 líquidos ou seja 2,5 ordenados mínimos o que actualmente seria equivalente a 1.125,00€ e mais, tinha a certeza que ganhava mais do que o fuinha como caixa daquele banco. Portanto, ou o fuinha tinha alguma coisa contra mim ou era um ressabiado e invejoso! Acabei por ir ao banco do estado, que de imediato me emprestou a quantia para adquirir bólide.
Cinco dias mais tarde, voltei ao balcão e fiz uma espera ao fuinha, quando nos encontramos na pedra fria do balcão, retorqui: QUERO FECHAR A CONTA , QUERO O MEU DINHEIRO NA MINHA MÃO! O fuinha meio aturdido não desarmou o sorriso mete-nojo e deu-me o dinheiro respondendo: "Faltam 0,05$ (cinco tostões) mas não tenho moedas." Eu agradeci a Deus a sorte e disparei certeiro: Ficam para si, são a gorjeta que merece por fazer o seu banco perder um cliente... Mas o fuinha ainda tinha um truque na manga.
Durante 3 meses continuei a receber os extractos com os tais cinco tostões, voltei mais irado ao banco, o ranhoso não fechou a conta porque não me tinha dado todo o dinheiro. Entrei a deitar fogo pelo nariz, o fuinha tremeu quando avancei para o gerente e lhe contei toda a situação. Deram-me a singela moeda, preenchi 5 documentos de reclamação, registei tudo por escrito enquanto sorria triunfante para o fuinha.
Na saída a caminho da porta, o fuinha tentou abordar-me a mando do gerente enquanto o mesmo de longe observava a cena. Não parei de andar e não o deixei falar, apenas lhe disse baixinho: Sabes meu cabrão, um dia vou ser dono desta merda de banco!

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